sexta-feira, 2 de julho de 2010

Estar só.

Então neste momento eu apenas peço ao céu um pouco de silêncio e procuro conversar com a noite. Fazendo de cada ilusão uma saudade, repetindo mais de mil vezes que tudo que se passa é porque temos de passar. E o ar parece pesado, mas o meu desejo, é apenas amar, é respeitar, é me libertar de preconceitos e sair por aí, ironizar essa amargura e fazer dela uma sombra fértil, tanto que não vale a pena pensar. Mas me parece tão difícil conviver com a dor dilacerante que é não ter você perto de mim. Queria não sentir receio de nada, mas a vida é assim mesmo... Nessa clausura rezo sempre pra que exista um amanhã de saída, um amanhã de chegada, da sua chegada, para um hoje que é feito de sonhos, medos, incertezas, desejos e amor, acima de tudo.
E um dia, em algum lugar existiu durante 20 minutos um alguém que comparou e fez de você algo melhor. Então eu abro a janela e presto atenção nos pássaros brancos que voam no céu... Tudo é paz, naturalidade e franqueza. Porque esta melancolia? Lembro-me de um sonho, do nosso sonho, de alguém que está sempre ao meu lado, mesmo não estando e sinto como é fácil ser feliz. Mesmo que por um sonho.
Permita que eu feche os meus olhos, pois é muito longe! Permita que agora eu não diga nada: que me conforme em ser sozinha. Vejo em meu silêncio uma doce luz. Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que o mundo e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo.

Não me deixa sozinha. Me entenda, fique comigo e esteja aqui. Eu preciso tanto :(

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